
Você já imaginou que ao usar o ChatGPT, criar uma imagem com IA ou gerar um vídeo com ferramentas como Sora ou Reels, uma enorme quantidade de energia elétrica está sendo consumida em algum lugar do mundo?
A explosão da IA gerou um cenário inédito: o plano da Meta vender energia para suprir a demanda energética sem precedentes — e essa corrida tecnológica levou a Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp) a tomar uma decisão histórica:
confirmar o plano da Meta vender energia elétrica, destacando a importância de sua atuação no setor.
Mas por que uma empresa de tecnologia decidiu atuar como uma distribuidora de energia? O que está por trás dessa estratégia e o que isso significa para o futuro da IA e do planeta? É isso que você vai entender agora.

Recentemente, a Meta enviou um pedido à FERC (Comissão Federal Reguladora de Energia dos EUA) solicitando autorização para operar no mercado atacadista de eletricidade.
Para isso, criou uma empresa subsidiária exclusiva chamada Atem Energy LLC.
A operação é voltada ao setor industrial e à sustentação dos gigantescos data centers da empresa.
O que muda com a autorização para a Meta vender energia?
Com a certificação de power marketer, a Meta ganha novos poderes no setor:
- Negociar energia diretamente com geradores, obtendo preços melhores
- Comprar energia em grande escala e revender excedentes para recuperar investimentos
- Viabilizar novas usinas ao garantir compra antecipada (solar, eólica, hidrelétrica ou até nuclear)
- Controlar custos de operação e expansão de seus data centers utilizados por IA
Em resumo: a Meta deixa de ser apenas consumidora e passa a ser protagonista na infraestrutura energética global.
Quanto de energia a Inteligência Artificial consome?
O fator central dessa mudança é claro: IA devora energia em níveis históricos.
Diferente de navegar no Instagram ou assistir vídeos, IA generativa exige um volume gigantesco de processamento.
Números que impressionam
- Uma consulta a modelos de IA pode gastar até 10x mais energia do que uma busca no Google
- O treinamento de um modelo avançado pode consumir energia equivalente ao gasto anual de 5.000 residências
- GPUs para IA esquentam muito e exigem sistemas de refrigeração pesados, que também consomem eletricidade
- A IA não pode parar — energia intermitente (sol e vento) nem sempre são suficientes sozinhos
Portanto, controlar energia significa garantir estabilidade, custo competitivo e escalabilidade. Quem dominar a energia, domina a Inteligência Artificial.
Por que a Meta quer vender energia: A corrida das Big Techs
A Meta não está sozinha — as maiores empresas de tecnologia do mundo estão numa verdadeira disputa pelo controle da energia. Veja quem está investindo pesado:
| Empresa | Movimento Estratégico |
|---|---|
| Amazon | Compra de data center conectado diretamente a uma usina nuclear |
| Microsoft | Acordo para reativar a usina nuclear de Three Mile Island |
| Investindo em energia geotérmica e limpa de próxima geração |
O recado é claro: sem energia, não existe IA. E quem controlar a tomada vence a corrida tecnológica.
O impacto ambiental: IA está atrasando o fim dos combustíveis fósseis?
A Meta e outras Big Techs prometem metas de emissões Net Zero, mas existe um dilema crescente:
- A demanda de energia cresce mais rápido do que a infraestrutura renovável
- Algumas empresas precisaram estender o uso de gás natural e adiar planos de descarbonização
- Energia constante e previsível é essencial para manter data centers rodando 24h
A criação da Atem Energy busca acelerar o investimento em energia limpa e gerenciar melhor recursos, mas o desafio ambiental ainda é gigantesco.
A grande pergunta é: IA vai acelerar ou atrasar a transição para energia limpa?
Conclusão
A iniciativa da Meta vender energia mostra que a fronteira entre empresa de software e empresa de infraestrutura desapareceu. A Inteligência Artificial está redefinindo não apenas a tecnologia, mas o modelo energético global.
No século 21, dados podem ser o novo petróleo — mas a energia é o motor que faz esse petróleo valer alguma coisa.
FAQ (Perguntas Frequentes)
Agora eu quero saber sua opinião
Você acha positivo que as Big Techs controlem a energia mundial? Isso é evolução tecnológica ou risco de monopólio? Comente abaixo e compartilhe este artigo com quem gosta de tecnologia!
